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Terapias da Medicina Chinesa para recuperar a forma

As primeiras semanas após dar à luz são dos períodos mais complicados para a mãe. É nessa fase que deve reunir forças para se recuperar física e psicologicamente de todo o processo de gravidez e do parto. Saiba como a Medicina Tradicional Chinesa pode ajudar.

Durante o período pré-natal é normal que exista uma preocupação redobrada por parte de todas as grávidas. A alimentação, o repouso e o bem-estar geral são factores que pesam e influenciam os nove meses que antecedem a chegada do recém-nascido. O que também é comum, e não deveria ser, é o facto de, após o parto,  as mães descurarem o seu próprio bem-estar, em deterimento de toda a atenção que o bebé exige. Isto porque é perfeitamente conciliável (ainda que pareça impossivel) conseguir a comodidade de ambos.

 

Como recuperar a forma

Em primeiro lugar, é importante referir que , a nível estético, todas as mulheres ficam com um corpo diferente  daquele que tinham antes de engravidar, mas que as alterações podem ser bastante positivas. Recorrendo a algumas terapias da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), é possivel voltar a atingir um nível físico muito semelhante ao que se tinha antes da maternidade. Claro está que cada corpo reage de forma diferente e qua a força de vontade de cada mulher é determinante para o sucesso.

Ao nível da saúde interna também há que ter alguns factores em atenção. A Medicina Tradicional Chinesa considera que após a gravidez existem vários órgãos em “défice” e, nesta fase, é fundamental actuar de imediato para combater estes desequilíbrios, para que a mulher consiga estar a 100 por cento, pois é quando dedica toda a sua atenção ao novo membro da família. Bem sabemos que o descanso tem os minutos contados e que inicialmente é muito provável que a ansiedade aumente, e é por isso mesmo que, ao longo dos anos, a acupunctura surge como uma forte aliada de todas as mães. Mas não só, até porque todas as técnicas da MTC actuam de forma natural e sem qualquer contraindicação. Os principais órgãos que vai tonificar através da acupuntura nas sessões terapêuticas são o Rim, o Baço-Pâncreas e o Fígado, fundamentais no equilíbrio de qualquer organismo. Aconselho também que, sempre que possível, as mamãs amamentem já que este processo contribui bastante para uma rápida recuperação pós-parto e é ótimo para o bebé.

 

Que alimentos comer de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa?

Nesta fase é fundamental que não haja um aumento excessivo da quantidade de comida ingerida. Deve optar-se pela qualidade e não pela quantidade. Os alimentos ricos em nutrientes como os vegetais de folha verde escura (espinafres e acelgas), a carne de vaca (em pouca quantidade, mas regular), a beterraba, o fígado biológico e os cereais integrais são as melhores opções. Nesta fase as mamãs devem tonificar os orgãos que foram mais sobrecarregados durante a gravidez tais como o Fígado e o Baço-Pâncreas e naturalmente o Sangue (Xue).

Deve evitar os alimentos carregados de açúcar, de sal e de aditivos artificiais, como as batatas fritas de pacote, os aperitivos salgados ou os bolos industriais. Deve evitar-se também o consumo de álcool, enchidos e alimentos fritos. E, se a mãe estiver a amamentar, também não é aconselhável que consuma feijão, cebola, chocolate, ervilhas, nabo, brócolos, couve e bebidas com gás, pois a Medicina Tradicional Chinesa, em consonância com a medicina convencional,  acredita que estes alimentos podem potenciar as cólicas do bebé. Um truque para as cólicas passarem é ainda beber infusões de funcho, erva doce, erva-cidreira ou alfazema.

 

Que tratamentos fazer?

Uma das principais técnicas utilizadas é a acupuntura que, associada à electroestimulação, é bastante utilizada no combate às gorduras localizadas.

Para combater as dores nas costas, ao nível cervical e lombar, provocadas, muitas vezes, pela má postura das mães enquanto amamentam e pelo peso da barriga pré-parto, a acupunctura, a ventosaterapia e a massagem atuam em sistema de complementaridade e ajudam a combater o problema.

 

Práticas para “recém-mamãs”…

Neste período, existe um risco elevado de depressão pós-parto. Estima-se que a prevalência de depressão pós-parto, em Portugal, seja de 12.4 por cento na semana que se segue ao parto e 13.7 por cento nos três meses seguintes. Existem mesmo estudos a apontar para prevalências que podem chegar aos 23,3%. Daí que a MTC seja um óptimo aliado para tratar e evitar possíveis episódios depressivos, já que técnicas como a acupunctura e fitoterapia apresentam resultados no bem-estar de cada um, especialmente, a nível psicológico.

A acupuntura, além de ser uma técnica perfeitamente segura, natural e isenta de efeitos secundários (quando exercida por um especialista) tem-se evidenciado como uma das técnicas mais eficazes em condições como a depressão, ansiedade ou simples stress. Esta técnica milenar estimula pontos nervosos (pontos de acupuntura) que ajudam a reequilibrar o organismo, logo, a mamã vai lidar melhor com esta fase tão exigente.

Recomenda-se ainda que todas as mães dividam as tarefas com o companheiro ou com um familiar próximo, pois, dessa forma, será mais simples sentirem-se bem e disponíveis para transmitir o melhor ao recém-nascido.

 

Dicas a seguir

Se a mamã estiver muito nervosa pode estimular alguns pontos de acupuntura bastando para isso massajá-los de uma forma constante e fazendo pequenos circulos durante cerca de dois/três minutos. Os pontos 6MC, 7C e YinTang, além de serem relativamente fáceis de encontrar, são três dos pontos mais utilizados em clínica para patologias relacionadas com o sistema nervoso.

Em caso da mãe estar a amamentar e a quantidade ou qualidade de leite disponivel começar a fraquejar pode sempre optar por tomar uma fórmula de fitoterapia clássica (prescrição à base de ervas). É comum que o o leite materno comece a reduzir tendo em conta o stress ou devido um desiquilibrio energético. Atenção: estas fórmulas podem ser diferentes de mulher para mulher e devem ser prescritas por um Especialista em Medicina Tradicional Chinesa.

    

Artigo publicado na Revista Crescer (Edição Especial Nº51 de Outubro de 2016).

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